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Foto: Renan Mattos (Diário)
Com ensinamentos que vão de inteligência emocional a técnicas de luta, uma oficina gratuita de defesa pessoal reúne 50 mulheres em duas turmas em Santa Maria. A primeira aula do grupo aconteceu neste sábado, no Centro Desportivo Municipal (CDM).
O objetivo da técnica é proporcionar a defesa da vítima com movimentos simples, curtos e rápidos, usando o próprio corpo. Também se aprende a estudar o ambiente, pra saber quando, e como, reagir. Uma das responsáveis pelas aulas é a doutoranda em História, Luana Borges Lemes, 31 anos, que promove oficinas do tipo desde 2015.
- Queremos mostrar para as mulheres que a técnica se sobressai à força. Que em casos de agressões, a mulher pode usar a força do oponente contra ele. Também queremos que as mulheres saibam identificar em que momentos é possível usar determinada técnica. Contra agressores armados, por exemplo, não é recomendado - explica.
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Alguns dos exercícios simulam abordagens de agressores pelas costas e situações de estrangulamento. A designer de moda Natália Charão da Silva, de 23 anos, foi uma das participantes. Ela conta que a aula é importante para ajudar as mulheres a perderam o medo:
- Eu sempre me questiono: o que fazer se algum dia for vítima de violência? Vou saber reagir? Vou gritar? Correr? Saber algumas técnicas é muito bom para dar coragem de sair na rua, principalmente para quem trabalha à noite.
A instrutora Luana reforça que a oficina é de técnicas básicas. Para se estar seguro em aplicar qualquer golpe é necessário um período maior de treinamentos.
MÊS DO ESPORTE
As oficinas integram a programação do mês do esporte em Santa Maria, organizada pela Secretaria de Esporte e Lazer. O "pagamento" para o curso é um item de higiene feminina (pacote de absorvente, sabonete, desodorante). As arrecadações serão doadas a mulheres em vulnerabilidade social. As inscrições já estão esgotadas.
- Temos o objetivo de mostrar as potencialidades do esporte. Fugir da concepção pobre que o esporte é bola de vôlei para as meninas e bola de futebol apara os meninos. Nós estamos criando essa oportunidade para as mulheres conhecerem modalidades diferentes de lutas e, ainda, ensinar técnicas que infelizmente ainda são tão necessárias na vida delas - afirma o secretário Gilvan Ribeiro.